Onde estão aqueles dias de aventura e coragem?
Quando a pena corria solta pelas mãos,
preenchida de tinta e emoção,
só pelo sentir do eterno pulsar,
mesmo não sendo eterna sua vida,
mas a maravilha de ser e estar, de apreciar a eterna constante,
variável de tantas outras mais que se uniam
ao pouco cento representado pelo seu viver?
Onde ficaram aqueles momentos?
Quando seu ser preenchia ilhas de vasta distante solidão
Com o som da harmonia silenciosa,
Do bem feito, da alegria do segundo
Vivido com intensidade e retidão,
Um homem de bem, uma vida de boas crenças
Em uma escura estrada de outros amanhãs,
Que ao invés de amedrontar serviam de anestesia
Para o ontem vivido na dor; e energia para percorrer mesmo caminho
Com nova roupagem, linguagem, compreensão: As do futuro,
Incerto parceiro do que somos e temos sido até então.
Onde estão? Ainda contigo?
Em vivas matizes ou em pálido branco e preto de abandonados desejos,
De atos e pensamentos de pura covardia e acompanhada solidão?
Está você sozinho de si mesmo?
Onde estão?
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